domingo, 3 de fevereiro de 2008

Meu encontro com o Reiki



Não gosto muito de relatar casos pessoais por dois motivos bem simples: em primeiro lugar porque eu acabo me transformando no centro das atenções (e eu não gosto disso), e em segundo porque, na minha opinião, casos pessoais só servem para atiçar a curiosidade alheia. Mas, mesmo com essas negativas, farei alguns relatos ao longo desse blog, tentando colocar sempre alguma reflexão.


Em busca da técnica magnética ou vibracional “perfeita”, acabei sendo levado a estudar o Reiki. Já com alguma bagagem no Magnetismo, iniciei meus estudos no Reiki, e, logo de início, me aprofundando no tema, comecei a detectar algumas falhas e limitações. Conheci basicamente até o nível III (para quem não conhece, o nível III é o penúltimo na escala de graduação), buscando sempre em várias fontes diferentes. Então, já me sentia pronto para fazer o curso de nível I.


Iniciei a procura por um local para fazer o curso. Entrei em contato com alguns locais – inclusive, uma “mestra”, pelo que sei, até certo ponto bem conhecida aqui no Recife, depois de uma conversa comigo, de mais de 1 hora de duração, ao telefone, recomendou que eu não fizesse curso nenhum, pois, pelo que lhe contei, ela considerou que eu já estava “pronto”, mas, mesmo assim, decidi fazer, pois queria conhecer melhor o Reiki na prática – e achei tudo muito caro (na faixa de R$ 200,00 – 2 dias de curso), até porque não pretendo ganhar dinheiro com meus trabalhos, mas, mesmo assim, resolvi fazer a minha inscrição.


Fui ao espaço holístico onde seria realizado o curso e, logo após realizar a minha inscrição, fiquei a observar (através da vidência) a presença de irmãos desencarnados um pouco perturbados. Decidi que seria apenas observador, mas achei estranho, pois sempre achei que, em um local onde realizam-se trabalhos de magnetização, seja qual for a técnica, este local deveria ser limpo e monitorado pelos Irmãos de Luz.


No primeiro dia do curso, logo que cheguei, senti a diferença em relação ao que havia presenciado anteriormente. Havia uma recepção espiritual e quem recepcionava era uma entidade de muita luz, mas com uma vestimenta que não me era comum (o desenho que fiz, ao lado, mostra bem). Logo que entrei, ela gesticulou para mim, como se dissesse: “bem-vindo”. Fiquei parado, de frente para ela, há 1 metro de distância e logo no mesmo instante chegaram mais dois irmãos desencarnados, passaram por trás de mim, um de cada lado, e todos se cumprimentaram, com abraços, sorrisos e algumas palavras que eu não consegui “ouvir”. Os irmãos que acabavam de chegar eram da equipe que sempre me auxilia quando realizo minhas sessões, pois nesta época eu já praticava meu tratamento. Os dois que chegaram usavam uma vestimenta mais parecida com uma bata médica, mas sem mangas. Os três juntos entraram no recinto conversando alegremente. Lembro-me que fiquei a refletir: “poxa, apesar deles possuírem notável diferença de cultura, pelos trajes que usam, como tratam-se com respeito, alegria e carinho!”. Fiquei sorrindo a pensar sobre isso, enquanto ficava na sala de espera.


Quando a aula já ia começar, fiquei a observar a organização espiritual que havia naquele momento. Existia uma entidade em cada canto da sala, 4 no total; eles não faziam nada, apenas monitoravam. No decorrer da aula, uma entidade, trajada com a mesma vestimenta do recepcionista, entrou com um objeto redondo, como um lustre redondo, transparente-azulado, com o núcleo dourado, mais ou menos do tamanho de uma bola d futebol. A entidade então eleva o objeto até o teto com a força da mente e fixa-o lá. Deste aparelho, caem fios finos e brancos, meio translúcidos, parecendo serem feitos de fumaça. Esses fios foram conectados à cabeça de algumas pessoas (encarnadas) presentes na sala: na professora (intitulada por ela mesma de “mestra”) e em alguns alunos. Logo após a instalação do aparelho, a mesma entidade que acabara de organizar, posiciona-se novamente distante. Não tenho certeza, mas acredito que este aparelho seja uma espécie de psicoscópio, aparelho que foi descrito por André Luiz, no livro “Nos Domínios da Mediunidade”.



Ao final do curso a professora demonstrou uma prática e, de fato, puder ver que saía um pouco de fluido da “mestra”. Espiritualmente, as 4 entidades que ficavam nos cantos da sala, agora juntavam-se a outras, no total de 12, e haviam aproximado-se bastante de nós. Antes de nós, alunos, sermos submetidos à prática, passaríamos por uma “inicialização”. Lembro-me que fiquei a pensar neste ritual acreditando que conseguiria ver coisas maravilhosas...


Quando o “ritual de iniciação ao Reiki” começou, a organização espiritual mudou completamente. Das 12 entidades apenas permaneceu 1 e esta apresentava um aspecto de desagrado. O equipamento que antes estava ligado a nós, durante a aula, foi completamente desinstalado. Naquele momento fiquei sem entender o porquê das mudanças.


Mesmo com todas essas alterações, fiquei na expectativa de conseguir visualizar algo extraordinário. Enquanto a “mestra” soprava em nós, falando algumas palavras diferentes, também colocava suas mãos sobre nosso corpo em várias posições. Fiz muita força para visualizar o que saía das mãos dela, mas nada consegui ver. A entidade que monitorava tudo, talvez percebendo a minha angústia, veio até mim e passou-me o seguinte: “aquele procedimento de iniciação na era necessário, que o Reiki ainda estava ligado a esses conceitos, mas que logo isso seria alterado por uma renovação que não tardará em chegar e que junto a essa renovação virão os conceitos da caridade, mais bem posicionados dentro da Filosofia”. Fiquei feliz em receber tão boas explicações!


Quando os alunos foram iniciar a parte prática, fiz um pedido à “mestra” para fazermos uma prece de abertura antes de iniciarmos os trabalhos, e depois outra, como uma finalização. Fiquei feliz, pois todos de imediato aceitaram, ficando eu incumbido de realizá-las. Ao iniciarmos a prática, novamente a organização espiritual foi alterada. As 12 entidades voltaram a seus postos, ficando uma em cada canto da sala, 4 mais para dentro da sala e os outras 4 espalhados pelo núcleo onde eram realizados os trabalhos. Tudo ocorreu com muita calma, luz e paz. Todos os alunos canalizavam um pouco de energia, uns um pouco mais, outros um pouco menos, mas todos passaram pelo exercício. Ao final do curso coloquei um pouco da minha técnica adaptada que consegui montar. Todos gostaram muito e terminei muito feliz com toda a história.


Decidi que este seria o primeiro e último curso de Reiki que faria, pois não vejo a necessidade de participar dos rituais que os profissionais do Reiki tanto valorizam, mas que os próprios Espíritos que os auxiliam afirmam ser sem valor.


Aprofundei meus estudos e vi o quanto o Reiki trouxe de bom para a Humanidade, mas entendi que já existe a necessidade de uma atualização em busca dos verdadeiros fundamentos de suas origens. Usui, quando o criou, não procurava ficar rico com ele, mas sim trazer a saúde de volta ao doente. Tenho plena convicção que o Reiki formulado por Mikao Usui não é este difundido pelo mundo holístico de hoje.


Nesta hist
ória, duas coisas, a meu ver, merecem reflexão: primeiro, como a Espiritualidade do Bem trabalha harmonicamente e como Eles (os Espíritos), apesar de muitas vezes possuírem fundamentos diferentes, crêem num mesmo Deus e trabalham numa mesma causa; segundo, é interessante perceber como em todos os lugares existe o auxílio espiritual e como todos os procedimentos são monitorados por irmãos iluminados, pois, mesmo quando o procedimento não agrada à Espiritualidade Amiga, ela monitora e auxilia, respeitando nossa falta de entendimento, muitas vezes presos que estamos a pequenos conceitos, que só nos atrasam a evolução espiritual...


5 comentários:

Cris disse...

Oi Romero, vc acha que a mudança no próprio ambiente espiritual é devido aos fins proposto ao curso?? acredito q apensa vc estava ali para aprender e utilizar os conhecimentos com outro proposito que não fosse a caridade... o q vc acha??

Romero disse...

Baby, inicialmente peço desculpa pela minha demora em comentar seu comentário!

Muitas vezes fico impressionado como Deus tem paciência com nossos erros (os da humanidade), não é brincadeira as atrocidades que já comentemos, e mesmo assim ele nos dá nova chance de reescrevermos nossas história (reencarnação).

Acredito que o Reiki tenha perdido seu foco. Tenho plena convicção que quando o mesmo foi criado seu propósito era pra outros fins. Na mesma trilha do raciocínio acima fico impressionado como a tudo Ele dá suporte pelo seus enviados.

Cada ser se agrupa com os que têm afinidade formando equipes, sociedades e colônias. Da mesma forma, pela afinidade, são movidos pela finalidade da caridade e da Luz Divina vêm a nos dar suporte. Desta forma não existe lugar nesse planeta que esteja sem socorro!

De fato muitos colegas de sala não estavam ali com o propósito da caridade, alguns nem sabiam porque estavam ali. Mas acredito que os benfeitores ali presentes tinham a função de auxílio, não se preocupavam se os irmãos encarnados estavam entendendo ou não o que ocorria, a missão deles era dar suporte. Existiram alguns momentos que eles não concordavam com os procedimentos, se afastavam e apenas mantinham a ordem e o isolamento espiritual.

Acredito que todo curso de Reiki ou de qualquer outra terapia vibracional terá sua equipe de suporte, isso não quer dizer que eles participaram intensamente de todos os procedimentos, mas na medida do possível todo auxílio será dado.


Att Romero

luisaolliver disse...

Olá, Romero...
Li sua matéria e gostei bastante. Apesar de ainda não praticar o Reiki, estou procurando um lugar que possa fazer minha iniciação. Pois quero usar meu aprendizado de forma gratuita, para tentar ajudar a quem precisa, com o auxilio da espiritualidade.
Agradeceria se pudesse me dar alguam dica.
fica na paz...
Luisa.

Romero disse...

Olá Luisa!

Em primeiro lugar, obrigado pela sua visita e desculpa pela demora em responder.

Olha, infelizmente, não tenho um local para indicar a você, onde vc possa fazer um curso de Reiki. Até porque só conheço mesmo o local onde eu realizei o meu curso. Além disso, vc não falou a cidade que vc mora...

Na verdade é como eu falei no post, minha experiência com o Reiki não foi como eu esperava, apesar de ter servido como experiência. Além disso, em minha terapia utilizo pouquíssimo (para não dizer nada) das técnicas do Reiki.

Minha base é toda espírita. Meus estudos, portanto, são mais focados nessa área. Sendo assim, indico a vc os seguintes livros (sobre o passe espírita):
- Passes e Radiações – Edgard Armond – Ed. Aliança
- Passes e Curas Espirituais – Wenefledo de Toledo – Ed. Pensamento
- Cure-se e Cure Pelos Passes – Jacob Melo – Ed. Vida & Saber
- Manual do Passista: Curando Pelo Amor e Pelo Magnetismo – Jacob Melo – Ed. Vida & Saber
Se vc não conhece muito sobre o Espiritismo, recomendo que dê uma olhada nas obras básicas:
- O Livro dos Espíritos (Allan Kardec)
- O Livro dos Médiuns (Allan Kardec)
- O Evangelho Segundo o Espiritismo (Allan Kardec)
Visite também o blog: http://espiritananet.blogspot.com/
Fora isso, estudei bastante o assunto “magnetismo animal”, descoberta por Mesmer (por isso considero-me um magnetizador).
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o blog: http://magnetizador.blogspot.com/
Luisa, não se preocupe, todos nós que realizamos um trabalho voltado para a caridade, para o bem das pessoas, certamente recebem o auxílio da Espiritualidade Amiga. Mas tudo ocorre sempre de acordo com o nosso próprio esforço. Dedique-se, estudando e orando, e vc certamente será muito bem ajudada!

Muito Obrigado pela visita...
Fique com Deus
Att Romero

luisaolliver disse...

Oi Romero,

Desculpe-me por não ter dito que sou daqui, de Recife...e agradeço pelas dicas que me destes. Acredito realmente que sempre que estamos preparados para servir a espiritualidade de forma correta ela nos coloca em caminhos corretos...
Mais uma vez agradeço pela atenção. Um grande e forte abraço e que as bençãos da espiritualidade estejam contigo.

Luisa.