quinta-feira, 27 de março de 2008

Desobsessão que Participei



A passagem que trago agora faz parte de uma longa história, eu a comparo a uma avenida imensa que corta vários bairros; descrevê-la seria falar da cidade inteira, sendo assim seria impossível colocá-la num blog. Como gosto de posts direcionados e curtos, decidi fazer uma abordagem diferente colocando apenas uma passagem, como se escolhesse apenas um bairro para falar.



Então, meus amigos, entendam que vou fazer uma abordagem focada apenas no trabalho que foi realizado em equipe, sem maiores detalhes do processo que o antecipou.



Um trabalho de Desobsessão não é serviço para uma única pessoa. Tinha alguns amigos dispostos para um serviço como este, formei uma lista e deixei que nosso guia espiritual (todos possuem um guia espiritual) definisse quais seriam da lista e suas respectivas funções dentro do trabalho. Os escolhidos foram pessoas já com certo grau de conhecimento dentro da Doutrina Espírita, todos com faculdades mediúnicas específicas e com certo grau de amizade entre o grupo, pois já se conhecem há mais de dez anos. Meu papel seria o de “médium de incorporação”, ou seja, forneceria meu corpo físico como aparelho mediúnico para que o irmão se manifestasse e comunicasse conosco.



Nossa missão era doutrinar uma entidade do mais baixo escalão vibratório, ela tinha sobre seu poder alguns “escravos” e já tinha desencarnado há mais de 100 anos, era ciente do que fazia e tinha um respeitável conhecimento das coisas. Nos já sabíamos que essa Desobsessão não seria fácil, pois a própria espiritualidade amiga havia recomendado cautela. Como tenho certeza que o suporte espiritual vem na mesma medida da dedicação e seriedade dos trabalhadores envolvidos, não tinha nenhuma dúvida do que tinha a fazer...



Na orientação que recebi tinham algumas recomendações para o local do trabalho e como os trabalhadores deveriam ser organizados. O médium de incorporação sentaria ao centro, numa cadeira de ferro; o trabalhador que faria o controle magnético se posicionaria logo por trás, criando uma pirâmide de controle; os dois doutrinadores se colocariam um de cada lado e a paciente se posicionaria logo à frente com um pouco mais de 1 metro de distância. Esta não pode se dizer que seja uma forma convencional de Desobsessão, mas, como falei, tudo foi orquestrado de forma diferente. Vale salientar que a paciente neste caso é ex-dirigente de centro espírita e que está acostumada e preparada para este tipo de trabalho.



A paciente desta sessão que doravante a chamarei de irmã X na verdade estava representando um ente querido seu que se encontrava hospitalizado, este é que de fato estava sendo vitimado pelo nosso irmão desencarnado.



No plano espiritual, da mesma forma, foi organizada uma equipe muito iluminada, não eram poucos e muitos se vestiam com trajes característicos à falange* a qual estavam ligados. Estavam presentes alguns médicos, poucos índios, um padre, uma equipe de socorro e um grupo de tamanho considerável, responsável pela segurança espiritual do ambiente. Todos ali estavam unidos em busca de uma única causa.



Horas antes da sessão eles me explicaram que o irmão que viria a ser doutrinado não vinha de bom grado, e que eles não iriam buscá-lo para não dispersar a equipe que acabara de ser formada. Fui orientado para, ao início do trabalho, trazê-lo magneticamente, pois os encarnados possuem grande força mental, podendo sugá-lo de onde ele estivesse. Eu só pude fazer isso porque já o tinha “visto” antes e podia assim mentalizá-lo.



Eu já conhecia o irmão que iríamos doutrinar, pois já o tinha visualizado durante uma sessão (da terapia magnética, já mencionada aqui) que realizei no amigo hospitalizado.



Apesar de não gostar muito de colocá-la em prática, minha Psicofonia é consciente e isso ajuda bastante num trabalho como este. Não sei descrever bem como ocorre, mas de certa forma consigo bloquear qualquer atitude que desaprove por parte do espírito quando estou “incorporado”. Fui também informado que o nosso trabalho seria em conjunto nos dois planos, praticamente uma ação simultânea, eles deixariam o irmão necessitado conectar-se em mim e nós aqui realizaríamos uma doutrinação, logo em seguida nosso instrutores tirariam o irmão e realizariam uma doutrinação no plano espiritual e logo em seguida o reconectariam em mim a fim de uma nova doutrinação dos encarnados. Seria assim até o irmão ceder ou até algum dos trabalhadores encarnados começar a sinalizar cansaço.



Logo ao me sentar na cadeira prendi meus braços por baixo da alça, todos se posicionaram nos seus respectivos lugares e nesse instante permiti que ele “entrasse”. O irmão veio com tanta agressividade que no primeiro momento não falou nada apenas se sacolejava bastante, eu sentia que ele se incomodava com a energia liberada pelo médium que se posicionava logo atrás. Pouco tempo se passou e logo ele foi levado para a primeira doutrinação, que seria realizada pelos amigos da espiritualidade. Novamente foi trazido até mim, desta vez reclamou muito que não queria estar ali, muito irritado, se debatia na cadeira e reclamava que tinha um padre querendo lhe catequizar. Neste momento os doutrinadores iniciaram seu trabalho.



Com toda agressividade que se possa imaginar, ele afirmava que os doutrinadores não sabiam o que estava fazendo, pois não tinham noção de onde ele morava. Apesar de sua agressividade todos se comoveram com o seu relato. Devo dizer que sempre, em um trabalho como esse, o sentimento de fraternidade sincera vale mais do que mil palavras. Ao mesmo tempo que eu o observava pedia a Deus clemência por este irmão que sofria tanto. Seu aspecto, apesar de aterrorizante, expressava grande dor, sua vestimenta toda escura lembrava um “Drácula”, a cor da sua pele era verde como “Frankenstein” e as unhas tinham uns cinco centímetros.



Eu não sentia dor, mas meus braços ficavam bastante marcados com a alça da cadeira (houve essa necessidade, de prender os braços, devido aos movimentos bruscos do irmão. Isto foi orientado pela espiritualidade). Depois de 1:30h de um ritmo bastante pesado, nosso irmão começou a dar sinais de questionamento (GRAÇAS A DEUS), todos os trabalhadores estavam exaustos, pois tinham dado o máximo de si, mas naquele momento não se podia parar e assim continuamos mais duas vezes, no mesmo ritmo.



Num dos seus últimos momentos conosco lhe foi questionado se ele iria mudar seu destino e passar a seguir outro caminho, o mesmo nos respondeu que não prometeria nada! Para nós já foi um grande avanço mediante o estado que se tinha se iniciado este trabalho.



Após o irmão retirar-se em definitivo, nosso mentor espiritual, como de praxe nesse tipo de trabalho, manifestou-se e passou uma última mensagem para nós. Sempre de fé e esperança no amor de Jesus.



Não posso dizer que apenas com esse trabalho conseguimos ajudar esse irmão a mudar seu destino definitivamente, mas fizemos o que podíamos para aquele momento; a doutrinação no plano espiritual seguiu sem pausa.



Após encerar oficialmente os trabalhos olhei para a expressão de todos que, exatamente como eu, não escondiam o desgaste (parecíamos soldados que chegam do front de batalha), tivemos alguns minutos de reflexão, nos despedirmos e seguimos para nossos lares...



No dia seguinte cada um amanheceu com uma certa seqüela (o cansaço era evidente), apesar de tudo segui meu dia como programado, pois tinha um encontro marcado próximo das 11:00h no HCP – Hospital do Câncer de Pernambuco – lá estava eu quando meu telefone toca; era a irmã X me informando que o vitimado que se encontrava hospitalizado amanhecera o dia lúcido (na medida do possível), mais calmo e amoroso (nos dias que antecederam o trabalho ele estava bastante agressivo). Ao desligar chorei de emoção e logo em seguida entrei em contato com todos da equipe contando a novidade... Nessa hora toda a canseira foi embora!



O que todos nós podemos aprender com essa história:



- Toda a espiritualidade amiga trabalha unida por uma única causa, a causa do Amor. Independente de qual falange façam parte, todos conseguem trabalhar juntos, com muito respeito e união.



- A força de nossa mente pode trazer um irmão, esteja ele onde estiver, para junto de nós.



- Um trabalho harmônico e feito com humildade, sinceridade e amor sempre funciona.



- A espiritualidade amiga sempre auxilia uma equipe dedicada à causa do Bem.



- Os irmãos que nos fazem sofrer sofrem junto conosco. Eles, muitas vezes, são os mais necessitados de apoio, compreensão, perdão e amor.



- Devemos amar aqueles que nos odeiam, mesmo quando esses não se compadecem de nossos sentimentos.




* Falange é um agrupamento de espíritos que atuam em uma determinada faixa vibratória.




Agradeço a todos e que Deus ilumine nosso caminho.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Uma visão espiritual de um hospital de encarnados






Decidi escrever esse post para mostrar a todos como Deus nos dá suporte, como somos assistidos e tratados. Trata-se de uma visão espiritual, que pude observar, através da mediunidade, do que ocorre em um ambiente hospitalar. Essas observações foram feitas por mim durante o período em que freqüentei um hospital, entre Dezembro de 2007 e Janeiro de 2008, durante a realização de um tratamento em um amigo, que se encontrava na UTI, o qual eu ia visitar todos os dias.


Fiquei um pouco sem saber como descrever um trabalho tão complexo, mas, em poucas palavras, tentarei colocá-lo de uma forma bem simples.*


Logo na chegada, na recepção do hospital, existe uma barreira espiritual, não permitindo a entrada de quase ninguém. Poucos Espíritos têm acesso por aquela via de entrada. Na verdade todo o hospital sofre uma espécie de isolamento magnético, os irmãos que ali trabalham (Espiritualidade Amiga) entram e saem por outra via de acesso.


Os corredores são bastante movimentados, não se vê muita maca passar, apenas diferentes tipos de equipes de trabalho. No início fiquei confuso com essa observação, mas logo veio a resposta: aquele era um hospital de encarnados e desta forma, todos os corpos espirituais dos doentes estavam junto aos seus corpos físicos, sendo assim, não se viam os mesmos sendo levados de um lado para o outro, salvo quando o próprio encarnado estava sendo transportado.


As visitas espirituais ocorriam, mas eram muito limitadas. Os entes queridos desencarnados dos doentes em estado mais avançado possuíam livre acesso, mas não permaneciam muito tempo por entendimento próprio. A permanência deles só acontece caso seja necessário para maior bem-estar do doente.


Em todos os locais - corredores, salas de espera e quartos - existe algum tipo de monitoramento e auxílio. Nesses locais existem trabalhadores espirituais voltados para o atendimento fraterno, onde muitas vezes acompanham os familiares dos pacientes.


A organização é muito grande; cada bloco tem uma equipe responsável, que realiza visitas regulares a cada paciente. Para pacientes que necessitam de um acompanhamento mais de perto, existe um tipo de enfermeiro que o acompanha, ficando ao seu lado o tempo todo.


Teve uma observação que me surpreendeu. Estava eu realizando um tratamento em nosso amigo dentro da UTI, quando comecei a observar uma máquina muito grande, que localizava-se entre a maca do paciente e a parede, tinha mais ou menos 1,80m de altura, 1m de comprimento e 0,5m de largura, lembrava uma máquina de hemodiálise, como se tivesse a função de filtrar alguma coisa. O que achei interessante é que, enquanto eu a observava, achava que era do “mundo físico” e ficava achando estranho e pensando porque tinham feito uma máquina tão grande. Ocorreu uma coisa muito estranha: quando comecei a enxergar a parede que estava atrás da máquina, arregalei os olhos e pisquei duas vezes e ela sumiu. Se eu não conhecesse a obra de André Luiz ia pedir para ficar internado ali mesmo, pois estava ficando doido, rsrsrs. Foi estranho de fato, mas logo “caiu a ficha” e então eu fiquei maravilhado com aquela nova descoberta.


A UTI é um local de sofrimento e provação, não achei melhor definição para aquele local. Apesar de me comover com o sofrimento alheio tenho o entendimento que isso faz parte da evolução de muitos irmãos e não cabe a mim julgar, apenas me compadeço com eles.


Na UTI existe um grande suporte, semelhante ao que ocorre no hospital encarnado, as equipes se revezam em plantões e existe a supervisão de entidades mais elevadas, que tomam as decisões definitivas.


Essas equipes que se revezam no amparo aos doentes trabalham em sistema de plantão. Sua via de acesso ao estabelecimento se dá por uma escadaria gigantesca, muito larga, que me pareceu ser rolante, partindo dos andares mais altos do hospital para o alto. Não consigo descrevê-la melhor, pois não tive uma visualização perfeita da mesma.


Normalmente, as pessoas que falecem nesses locais, deixam de ser atendidas pela equipe ali presente, o serviço fica a cargo das equipes de resgate e desligamento do corpo físico. O serviço de amparo e desligamento geralmente ocorre nos velórios, daí a importância em elevar o nível vibratório das pessoas presentes neste acontecimento.


Com tudo isso que falei não quero dizer que o hospital é um local “santo” ou que trata-se de um local onde apenas circulam irmãos de luz. A presença de irmãos pouco evoluídos também pode ser constatada, isso ocorre por nossa culpa (encarnados), pois quando estamos circulando pelo hospital, acabamos pensando em muitas coisas negativas. Às vezes esses irmãos são obsessores que encontram-se vinculados aos nossos pensamentos e acabamos puxando-os magneticamente para dentro do estabelecimento, quebrando a segurança. Apenas gostaria de afirmar que um hospital é um local muito monitorado, onde muitos irmãos desencarnados, trabalhadores do bem, realizam um trabalho de auxílio. Isso serve para mostrar-nos como Deus nunca deixa nada nem ninguém sem amparo...



* Excluí muitos detalhes para a história ficar simples, peço desculpas por isso...



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Uma lembrança que marcou ...


Vou narrar neste post um pequeno episódio do meu “filme de terror”. Esta é uma das mais marcantes lembranças que tenho da época em que comecei a experimentar o “peso” de ser vidente...


Eu era bem jovem é já tinha descoberto do que se tratavam as minhas visões, mas, lamentavelmente, ainda não tinha aprendido nenhum mecanismo de autocontrole e defesa, apesar de já estar freqüentando um centro espírita, mas estava tudo no inicio. Bom, o tempo e os fatos eram estes que acabo de descrever (era novo e não sabia muita coisa) e como todo médium sem estudo sofri muito com isso...


Nesta fase da vida eu tinha um esquema próprio na organização do quarto para poder dormir, procurava ferramentas que diminuíssem as visões. Por muitos anos dormi com uma tv ligada a noite toda, muitas vezes deixava um CD tocando na esperança de adormecer, o que mais me ajudava era uma luz de 100Watts acesa a noite toda e sempre um ar-condicionado no máximo, tentando compensar o incômodo de todos os apetrechos. *


Estava no meu quarto tentando dormir e já tinham se passado alguns minutos em que eu rolava na cama, estando ainda bem acordado, quando, de repente, um acontecimento me deixa em pânico: um homem muito forte entra no quarto, atravessando a parede! Estava suado e tinha uma expressão assustada, estava trajado apenas com uma calça feita de pano de saco, exatamente como os livros de história descrevem os escravos...


Na hora que visualizei a cena, meu coração disparou, o medo foi tanto que mal conseguia piscar os olhos, senti uma frieza tomar conta do corpo, que logo ficou paralisado (como num assalto, em que, para a vítima, os segundos demoram minutos e a mente processa tudo com uma velocidade impressionante).


Torci, vocês não sabem como torci, para ele não me perceber, pois ele apenas caminhava em linha reta. Lá estava ele quase saindo do quarto (nesse momento eu conseguia ouvir meu batimento cardíaco), faltava apenas um passo para o irmão atravessar a última parede do meu quarto, quando ele pára e se vira, fixando o olhar em mim, franziu então a testa e, com a cabeça um pouco inclinada, deu alguns passos em minha direção.


Neste momento comecei a sentir meu queixo tremer e os dentes baterem (é muito difícil descrever o tamanho do medo que sentia naquele momento), ele foi chegando bem perto e se abaixou, aproximando seu rosto do meu (ficamos cara a cara, com menos de um palmo de distância) e perguntou: “Você está conseguindo me ver?” Naquela hora tão crucial da minha vida, apesar de estar em pânico e completamente paralisado, só me restava uma alternativa: acordar o bairro! Foi o que fiz: com um único grito (Maaaiiinnnhhhaaa......) realizei esta proeza!...


Ainda no mesmo momento, num gesto de muita “bravura” (existem momentos que precisamos criar coragem), fechei os olhos e me levantei, passando por dentro do irmão, e corri para o quarto dos meus pais, que já vinham correndo e me agarraram no corredor. **


Hoje descrevo este episódio tendo crises de risos, mas na época passei dias sem dormir, assustado com os acontecimentos.


O que ficou de lição para mim: O médium sem estudo é apenas ferramenta de curiosidade alheia, o irmão que na verdade necessitava de auxílio não queria me fazer mal, apenas era um sofredor à procura de amparo.


Só podemos fazer caridade ativa se estivermos preparados para isso, caso não, sofreremos junto com os necessitados.


Que a Paz do Mestre Jesus esteja sempre conosco, iluminando-nos e guiando-nos, hoje e sempre! Assim seja!



* Hoje, com minha consciência ecológica, acho um absurdo o gasto de energia, mas o desespero que passava naquela época não era brincadeira...


** Minha mãe, logo depois do acontecido, foi à janela e logo uma vizinha muito gente boa perguntou se estava tudo bem, minha mãe esclareceu então que tinha sido um pesadelo...



domingo, 3 de fevereiro de 2008

Meu encontro com o Reiki



Não gosto muito de relatar casos pessoais por dois motivos bem simples: em primeiro lugar porque eu acabo me transformando no centro das atenções (e eu não gosto disso), e em segundo porque, na minha opinião, casos pessoais só servem para atiçar a curiosidade alheia. Mas, mesmo com essas negativas, farei alguns relatos ao longo desse blog, tentando colocar sempre alguma reflexão.


Em busca da técnica magnética ou vibracional “perfeita”, acabei sendo levado a estudar o Reiki. Já com alguma bagagem no Magnetismo, iniciei meus estudos no Reiki, e, logo de início, me aprofundando no tema, comecei a detectar algumas falhas e limitações. Conheci basicamente até o nível III (para quem não conhece, o nível III é o penúltimo na escala de graduação), buscando sempre em várias fontes diferentes. Então, já me sentia pronto para fazer o curso de nível I.


Iniciei a procura por um local para fazer o curso. Entrei em contato com alguns locais – inclusive, uma “mestra”, pelo que sei, até certo ponto bem conhecida aqui no Recife, depois de uma conversa comigo, de mais de 1 hora de duração, ao telefone, recomendou que eu não fizesse curso nenhum, pois, pelo que lhe contei, ela considerou que eu já estava “pronto”, mas, mesmo assim, decidi fazer, pois queria conhecer melhor o Reiki na prática – e achei tudo muito caro (na faixa de R$ 200,00 – 2 dias de curso), até porque não pretendo ganhar dinheiro com meus trabalhos, mas, mesmo assim, resolvi fazer a minha inscrição.


Fui ao espaço holístico onde seria realizado o curso e, logo após realizar a minha inscrição, fiquei a observar (através da vidência) a presença de irmãos desencarnados um pouco perturbados. Decidi que seria apenas observador, mas achei estranho, pois sempre achei que, em um local onde realizam-se trabalhos de magnetização, seja qual for a técnica, este local deveria ser limpo e monitorado pelos Irmãos de Luz.


No primeiro dia do curso, logo que cheguei, senti a diferença em relação ao que havia presenciado anteriormente. Havia uma recepção espiritual e quem recepcionava era uma entidade de muita luz, mas com uma vestimenta que não me era comum (o desenho que fiz, ao lado, mostra bem). Logo que entrei, ela gesticulou para mim, como se dissesse: “bem-vindo”. Fiquei parado, de frente para ela, há 1 metro de distância e logo no mesmo instante chegaram mais dois irmãos desencarnados, passaram por trás de mim, um de cada lado, e todos se cumprimentaram, com abraços, sorrisos e algumas palavras que eu não consegui “ouvir”. Os irmãos que acabavam de chegar eram da equipe que sempre me auxilia quando realizo minhas sessões, pois nesta época eu já praticava meu tratamento. Os dois que chegaram usavam uma vestimenta mais parecida com uma bata médica, mas sem mangas. Os três juntos entraram no recinto conversando alegremente. Lembro-me que fiquei a refletir: “poxa, apesar deles possuírem notável diferença de cultura, pelos trajes que usam, como tratam-se com respeito, alegria e carinho!”. Fiquei sorrindo a pensar sobre isso, enquanto ficava na sala de espera.


Quando a aula já ia começar, fiquei a observar a organização espiritual que havia naquele momento. Existia uma entidade em cada canto da sala, 4 no total; eles não faziam nada, apenas monitoravam. No decorrer da aula, uma entidade, trajada com a mesma vestimenta do recepcionista, entrou com um objeto redondo, como um lustre redondo, transparente-azulado, com o núcleo dourado, mais ou menos do tamanho de uma bola d futebol. A entidade então eleva o objeto até o teto com a força da mente e fixa-o lá. Deste aparelho, caem fios finos e brancos, meio translúcidos, parecendo serem feitos de fumaça. Esses fios foram conectados à cabeça de algumas pessoas (encarnadas) presentes na sala: na professora (intitulada por ela mesma de “mestra”) e em alguns alunos. Logo após a instalação do aparelho, a mesma entidade que acabara de organizar, posiciona-se novamente distante. Não tenho certeza, mas acredito que este aparelho seja uma espécie de psicoscópio, aparelho que foi descrito por André Luiz, no livro “Nos Domínios da Mediunidade”.



Ao final do curso a professora demonstrou uma prática e, de fato, puder ver que saía um pouco de fluido da “mestra”. Espiritualmente, as 4 entidades que ficavam nos cantos da sala, agora juntavam-se a outras, no total de 12, e haviam aproximado-se bastante de nós. Antes de nós, alunos, sermos submetidos à prática, passaríamos por uma “inicialização”. Lembro-me que fiquei a pensar neste ritual acreditando que conseguiria ver coisas maravilhosas...


Quando o “ritual de iniciação ao Reiki” começou, a organização espiritual mudou completamente. Das 12 entidades apenas permaneceu 1 e esta apresentava um aspecto de desagrado. O equipamento que antes estava ligado a nós, durante a aula, foi completamente desinstalado. Naquele momento fiquei sem entender o porquê das mudanças.


Mesmo com todas essas alterações, fiquei na expectativa de conseguir visualizar algo extraordinário. Enquanto a “mestra” soprava em nós, falando algumas palavras diferentes, também colocava suas mãos sobre nosso corpo em várias posições. Fiz muita força para visualizar o que saía das mãos dela, mas nada consegui ver. A entidade que monitorava tudo, talvez percebendo a minha angústia, veio até mim e passou-me o seguinte: “aquele procedimento de iniciação na era necessário, que o Reiki ainda estava ligado a esses conceitos, mas que logo isso seria alterado por uma renovação que não tardará em chegar e que junto a essa renovação virão os conceitos da caridade, mais bem posicionados dentro da Filosofia”. Fiquei feliz em receber tão boas explicações!


Quando os alunos foram iniciar a parte prática, fiz um pedido à “mestra” para fazermos uma prece de abertura antes de iniciarmos os trabalhos, e depois outra, como uma finalização. Fiquei feliz, pois todos de imediato aceitaram, ficando eu incumbido de realizá-las. Ao iniciarmos a prática, novamente a organização espiritual foi alterada. As 12 entidades voltaram a seus postos, ficando uma em cada canto da sala, 4 mais para dentro da sala e os outras 4 espalhados pelo núcleo onde eram realizados os trabalhos. Tudo ocorreu com muita calma, luz e paz. Todos os alunos canalizavam um pouco de energia, uns um pouco mais, outros um pouco menos, mas todos passaram pelo exercício. Ao final do curso coloquei um pouco da minha técnica adaptada que consegui montar. Todos gostaram muito e terminei muito feliz com toda a história.


Decidi que este seria o primeiro e último curso de Reiki que faria, pois não vejo a necessidade de participar dos rituais que os profissionais do Reiki tanto valorizam, mas que os próprios Espíritos que os auxiliam afirmam ser sem valor.


Aprofundei meus estudos e vi o quanto o Reiki trouxe de bom para a Humanidade, mas entendi que já existe a necessidade de uma atualização em busca dos verdadeiros fundamentos de suas origens. Usui, quando o criou, não procurava ficar rico com ele, mas sim trazer a saúde de volta ao doente. Tenho plena convicção que o Reiki formulado por Mikao Usui não é este difundido pelo mundo holístico de hoje.


Nesta hist
ória, duas coisas, a meu ver, merecem reflexão: primeiro, como a Espiritualidade do Bem trabalha harmonicamente e como Eles (os Espíritos), apesar de muitas vezes possuírem fundamentos diferentes, crêem num mesmo Deus e trabalham numa mesma causa; segundo, é interessante perceber como em todos os lugares existe o auxílio espiritual e como todos os procedimentos são monitorados por irmãos iluminados, pois, mesmo quando o procedimento não agrada à Espiritualidade Amiga, ela monitora e auxilia, respeitando nossa falta de entendimento, muitas vezes presos que estamos a pequenos conceitos, que só nos atrasam a evolução espiritual...


terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A Importância do (Correto) Estudo




Trago aqui uma reflexão ou um desabafo, não sei ao certo, mas coloco mesmo assim, com a esperança de tentar sempre abrir os olhos de alguém.


Quando decidi me aprofundar no estudo do Espiritismo, logo de início decidi qual seria meu foco; optei pelo estudo do Magnetismo voltado para a cura das doenças do corpo físico. Lógico que parti para este estudo quando já tinha uma base sobre a Doutrina.


Optei por esse tema pos vários motivos, posso citar como maior impulsionador a vontade de realizar a caridade real, de poder usar uma técnica com base na Doutrina Espírita para irmãos encarnados que passam por problemas de saúde. Com o foco em vista e sabendo o que buscava, caí em campo: entrava em grandes livrarias, selecionava mais de dez livros, sentava no chão como uma criança e lia alguns parágrafos; normalmente levava 1 ou 2 livros, pois estes eu tinha certeza que seria construtiva a sua leitura.


Um dos meus livros preferidos é Passes e Radiações, de Edgard Armond. Não que seja completo, mas Passes e Radiações é um guia para qualquer um que deseje realizar um trabalho de cura.


Gostaria de finalizar dizendo a todos que queiram realizar algum trabalho, seja voltado para a cura ou não, que pesquisem bem antes de começar, estudem e aperfeiçoem-se. Mas, acima de tudo, lembrem-se que temos que aprender a navegar em muitos rios, mas saber pescar apenas os peixes que nos são mais salutares...



sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

“O Bote”


Tendo sido estimulado pela amiga Baby a refletir sobre mediunidade, acabei fazendo uma comparação entre o mar e o isolamento (citado por ela) que muitas vezes nós médiuns sentimos. Cheguei assim a uma interessante conclusão: muitas vezes ficamos “ilhados”.


Vejo o médium como um bote inflável, com um único tripulante, que é lançado de um avião ao mar. Ficará à deriva, sujeito às intempéries e exposto a tubarões ferozes. Será vitimado pelas queimaduras do sol, pela falta de alimento e pela necessidade de água potável...


Meus amigos, o parágrafo que escrevo acima dá o perfeito entendimento de que a morte não tardará a chegar para aquele tripulante, seria de fato isso, se Deus não estivesse a observá-lo de perto, pelo seu “telescópio Hubble”.


Somos colocados dessa forma nesse mundo porque temos muitos defeitos, muitas falhas e muitas dívidas carnais. Normalmente chegamos céticos a esse mundo; não acreditamos que existem tubarões nem que as queimaduras do sol poderiam ser tão dolorosas. É desta forma tão sofrida que chegamos ao entendimento da nossa função.


Se nós fôssemos colocados aqui nesse Planeta com toda a proteção e sem as intempéries e os ataques dos tubarões, não enxergaríamos nossa maior vulnerabilidade, que, se para nós é um ponto fraco, para nosso irmão é uma ferramenta de cura e trabalho.


Se eu não tivesse sofrido o que sofri, talvez não estivesse aqui. Talvez não tivesse criado meus dois blogs e provavelmente não estaria realizando o trabalho que realizo hoje com irmãos doentes.


Eu peço a todas as pessoas que conheçam a mediunidade de perto, seja através de um parente ou amigo, que não os tratem de maneira diferente.


Pai ou mãe de alguma criança com sinais mediúnicos, não trate seu filho como um ser “especial” nem como uma criança problemática. Trate-o normalmente, como uma criança normal, e tente freqüentar um Centro Espírita Kardecista (para estes casos específicos indico os ligados à FEB).


Até os 10 anos, mais ou menos, a coisa pode ocorrer de forma sutil, mas com a chegada da puberdade, tudo pode se complicar. A Doutrina Espírita pode ser considerada um “manual de sobrevivência” para o tripulante do pequeno bote. Dentro desse manual iremos aprender como se alimentar e navegar, e também encontraremos um mapa para um porto seguro.


Meus pais me acham “especial” por vários motivos que só eles sabem listar e meus amigos me consideram problemático, por eu não mais participar de certas confraternizações. Graças a Deus que uma “doida” se jogou de um navio, veio nadando até meu bote e se jogou dentro. Minha esposa Adriana é com quem mais compartilho minhas aventuras...


quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Sobre meu trabalho ...


Bom, eu me considero espírita, mas talvez meus tratamentos não sigam os moldes da Doutrina Espírita. Gosto de me sentir à vontade para agregar à terapia qualquer ferramenta que se encaixe em meus padrões éticos, que não siga preceitos místicos, que seja bem fundamentada, que seja em nome da caridade e que seja salutar ao paciente.



Não procuro me enquadrar nem seguir padrões formados como Reiki, Passe Espírita ou Magnetismo Animal, mas faço uma mescla de todos eles, buscando ainda agregar alguns novos conceitos, como da Cromoterapia e Apometria. Colocando em palavras simples, descrever o que faço seria dizer que basicamente é uma técnica vibracional pela imposição das mãos como um Passe Espírita, só que mais demorado que o passe, com o paciente deitado, à meia-luz e com um fundo musical.



Como falei no post anterior, meu trabalho é muito simples. Realizo de forma silenciosa, apenas com a imposição das mãos e o esforço mental. Como já falei aqui antes, possuo algumas faculdades mediúnicas e, assim, posso perceber a Espiritualidade Amiga que está sempre presente nos trabalhos, dando-me apoio e orientação. Noto que às vezes as pessoas esperavam que no meio da sessão eu fizesse algo extraordinário ou falasse alguma coisa em voz alta como: "Cabum", "Tcharam", ou ainda alguma palavra em outro idioma que ninguém entendesse... Enfim, muitas pessoas procuram um "show" e se frustram quando só acham simplicidade...



Não mudarei para agradar alguns, continuarei a fazer do meu jeito, enfrentando todos os preconceitos e os que puserem obstáculos, e sempre tentarei mostrar para as pessoas que o valor real das coisas não está no que se vê, mas sim no que se sente...