sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

“O Bote”


Tendo sido estimulado pela amiga Baby a refletir sobre mediunidade, acabei fazendo uma comparação entre o mar e o isolamento (citado por ela) que muitas vezes nós médiuns sentimos. Cheguei assim a uma interessante conclusão: muitas vezes ficamos “ilhados”.


Vejo o médium como um bote inflável, com um único tripulante, que é lançado de um avião ao mar. Ficará à deriva, sujeito às intempéries e exposto a tubarões ferozes. Será vitimado pelas queimaduras do sol, pela falta de alimento e pela necessidade de água potável...


Meus amigos, o parágrafo que escrevo acima dá o perfeito entendimento de que a morte não tardará a chegar para aquele tripulante, seria de fato isso, se Deus não estivesse a observá-lo de perto, pelo seu “telescópio Hubble”.


Somos colocados dessa forma nesse mundo porque temos muitos defeitos, muitas falhas e muitas dívidas carnais. Normalmente chegamos céticos a esse mundo; não acreditamos que existem tubarões nem que as queimaduras do sol poderiam ser tão dolorosas. É desta forma tão sofrida que chegamos ao entendimento da nossa função.


Se nós fôssemos colocados aqui nesse Planeta com toda a proteção e sem as intempéries e os ataques dos tubarões, não enxergaríamos nossa maior vulnerabilidade, que, se para nós é um ponto fraco, para nosso irmão é uma ferramenta de cura e trabalho.


Se eu não tivesse sofrido o que sofri, talvez não estivesse aqui. Talvez não tivesse criado meus dois blogs e provavelmente não estaria realizando o trabalho que realizo hoje com irmãos doentes.


Eu peço a todas as pessoas que conheçam a mediunidade de perto, seja através de um parente ou amigo, que não os tratem de maneira diferente.


Pai ou mãe de alguma criança com sinais mediúnicos, não trate seu filho como um ser “especial” nem como uma criança problemática. Trate-o normalmente, como uma criança normal, e tente freqüentar um Centro Espírita Kardecista (para estes casos específicos indico os ligados à FEB).


Até os 10 anos, mais ou menos, a coisa pode ocorrer de forma sutil, mas com a chegada da puberdade, tudo pode se complicar. A Doutrina Espírita pode ser considerada um “manual de sobrevivência” para o tripulante do pequeno bote. Dentro desse manual iremos aprender como se alimentar e navegar, e também encontraremos um mapa para um porto seguro.


Meus pais me acham “especial” por vários motivos que só eles sabem listar e meus amigos me consideram problemático, por eu não mais participar de certas confraternizações. Graças a Deus que uma “doida” se jogou de um navio, veio nadando até meu bote e se jogou dentro. Minha esposa Adriana é com quem mais compartilho minhas aventuras...


3 comentários:

Cris disse...

Rss, obrigada pela deferencia rsrs, desculpe mas eu ri um pouco quando chamou a Dri de"doidinha" eu quero te dizer q Deus te deu um presente lindo e maravilhoso que é a Dri, eu adorooooooooooooo a Dri... e fico feliz que vcs tenham sintonia em todos os sentidos, pq meu amigo eh dificl encontrar companheiros de jornada que comungue a mesma taça, na minha adolescencia sofri com isso, acabei me afastando, depois como médium, não podia ficar longe, tive q voltar para meu bote, encontrar de novo a rota.... é isso aí, beijos fraternos nos dois ( Ah! eu lovo a Dri)

Anônimo disse...

Romero... Graças a Dri, eu estou fuçando seus blogs, estou amando conhecê-lo melhor. Imagino as dificuldades de jornada, fico muito feliz por mais uma vez ter a prova que ninguém esta em seu caminho sozinho, estamos rodeados de anjos que enchem nossas vidas de muita luz, e se vc me permitir gostaria de tomar pra mim também seu almirante, pois ela esta sempre despertando muito do cristianismo em mim... seja nos blogs ou nos e-mail que trocamos... em fim... Obrigada Dri por compartilhar comigo esta tua jóia. Deus abençoe todos vocês.

Adriana disse...

Baby e Carol,

Rsrs. Obrigada pelas palavras em relação a mim! Acreditem, eu não mereço. E sou eu quem aprende com ele, não o contrário...

Beijos e obrigada pela presença aqui também! ;)